ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P166

Poster (Painel)


P166

Relação do desenvolvimento da percepção auditiva de fala com a idade do paciente quando realizado o implante coclear.

Autores:
CISCARE, G.K.S.S.1, REIS, P.D.A.C.M.B.1
1 FMRP-USP - Faculdade da Medicina de Ribeirão Preto

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: estudos dos últimos 15 anos têm evidenciado o implante coclear (IC) como um dos recursos mais promissores de tratamento para a deficiência auditiva profunda em crianças. Resultados mensurados durante os primeiros anos de uso do IC, em crianças com deficiência auditiva pré-lingual, têm sido detalhadamente descritos na literatura, demonstrando que existe um período sensível para a estimulação do sistema auditivo. Objetivo: analisar e comparar o desenvolvimento do nível de percepção auditiva de fala (NPAF) em crianças com deficiência auditiva pré-lingual, submetidas ao IC, em diferentes faixas etárias, no primeiro ano após o procedimento cirúrgico. Material e método: trata-se de uma pesquisa documental na qual fizeram parte 78 sujeitos, de ambos os gêneros, com perda auditiva pré-lingual, neurossensorial de grau profundo, usuárias de implante coclear há no mínimo um ano. Os sujeitos foram divididos em três grupos, sendo G1: 22 crianças implantas com idade inferior a três anos e seis meses; G2: 28 crianças implantadas com idade entre três anos e sete meses e seis anos e 11 meses e; G3: 28 crianças implantadas com idade superior a sete anos. Resultados: não houve evidência de diferença estatística quando realizada a associação dos resultados do NPAF com o gênero (p = 0,8399), escolaridade do cuidador (p = 0,2435) e unidade federativa de origem dos sujeitos (p = 0,7636). Na correlação do NPAF obteve-se correlação fraca com o tempo de privação auditiva (r = -0,23638); idade ao implante coclear (r = -0,22101) e média dos limiares auditivos (r = -0,39401); correlação muito fraca com o tempo de uso de AASI (r = -0,17956) e o tempo de uso de IC (r = 0,13411). Houve evidência de diferença estatística quando comparadas, entre grupos, as variáveis tempo de privação auditiva, tempo de uso de AASI e idade ao IC. Conclusão: não houve evidência de diferença estatística na relação do nível da percepção auditiva de fala com a idade do paciente quando realizado o implante coclear.

Palavras-chave:
 Deficiência auditiva, Implante coclear, Percepção de fala, Criança